02/07/2009

12º Encontro dos representantes das Coomunidades Eclesiais de Base

Será de 21 a 25 de julho de 2009, em Porto Velho (RO)

Tema: "Comunidades Eclesiais de Base: Ecologia e Missão"
Lema: "Do ventre da Terra, o grito que vem da Amazônia"
Dois mil participantes.

Como nasce uma Comunidade Eclesial de Base (CEB)?
Como no caso do jovem casal que se apaixonou e decidiu formar sua família, assim também acontece com o nascimento de uma comunidade. Quando uma pessoa se encanta com Jesus e seus ensinamentos, acaba contando para os outros. No contar para os outros (Missão), alguém vai se entusiasmar com a idéia de seguir Jesus. Neste caso estas pessoas fizeram um encontro pessoal com Jesus. (Aquele casal de jovens fez a experiência de partilhar a vida com o/a outro/a). O encontro de duas pessoas que decidem seguir Jesus, levou-as a se unirem: “O amor de Cristo nos uniu”. (Os dois jovens se uniram mais: noivado). As duas pessoas contaram para os outros que vale a pena ser discípulo de Jesus. (Os dois jovens contaram para os outros que iriam se casar). Os discípulos de Jesus não guardam para se a alegria de seguir Jesus. Organizam um grupo para refletir a Palavra de Deus, e a família cresce. (O casal acolhe os filhos e a família cresce). A comunidade sente a necessidade de organizar o Conselho de Pastoral Comunitário (CPC) para liderar a comunidade e propagar o Reino. (O casal vendo os filhos crescer, os educa para perpetuar a espécie).
Conclusão: a CEB nasce como nasce uma nova família. No caso do casal de jovens, nasce uma nova família humana (Gn 2,24). No caso dos dois discípulos, nasce uma nova família de Deus (Ef 2,19).
No hino do 12º. Encontro das CEBs, cantamos: “Nossa Amazônia, com tanta água doce, / tanta riqueza na fauna e na flora. / Que bom seria se ela também fosse, / terra de CEBs., a partir de agora!” O Documento de Santarém, produzido pelos Bispos da Amazônia em 1972, prioriza as CEBs. Na Amazônia as CEBs são vivas e atuantes. Mas, como em todo o Brasil, há muitas pessoas, que se dizem católicas, e vivem isoladas em seu mundinho. As CEBs têm a missão de ajudar as pessoas a fazer a experiência do encontro com Jesus. Há muito a fazer. Há muitos católicos de braços cruzados, enquanto o profeta Jeremias exorta: “arregacem as mangas” (1,17). São Tiago (2,17.26) proclama: “fé sem obras é morta”. E Jesus insiste: vocês são a luz do mundo, o sal da terra, o fermento na massa (Mt 5,14-16; 13,33).
O Documento de Aparecida nos motiva a fazer a experiência pessoal do encontro com Jesus para, nos converter, tornar discípulos, formar comunidade e realizar a missão: renovar a Paróquia, fazendo da mesma uma “Rede de Comunidades Eclesiais de Base”. Nós católicos nos perdemos num emaranhado de afazeres desarticulados. Somos mais dados ao devocionismo particular, do que a comunhão. Somos tarefeiros, em fez de compromissados com o Reino. Nossos projetos são individualistas, em vez de fruto de um consenso. Criamos a religião do “achismo”, formulamos nossos próprios mandamentos e inventamos um deus, totalmente avesso à Santíssima Trindade, a melhor comunidade.
“É muito difícil!” Esta é uma triste expressão que sempre ouvimos de católicos, pouco cristãos. Todos os dias rezamos: “seja feita a vossa vontade... Venha a nós o vosso reino... o Pão nosso...” Observe: sempre no plural, como Jesus ensinou. Por outro lado rezamos: “Ave Maria... o Senhor é convosco”. Parece que nos esquecemos de que a presença do Senhor se manifesta em nele acreditar. Maria acreditou que para o Senhor tudo é possível (Lc 1,37). Até quando vamos ler e admirar os documentos da Igreja e encher as estantes de nossa biblioteca paroquial, sem nenhum efeito na vida prática!? Já em 1962, no Plano de emergência a Igreja (CNBB) nos pedia para renovar a Paróquia. Muitos padres e líderes leigos, nem haviam nascidos. Agora, o recente documento latino americano e caribenho (2007), vem nos relembrar e insistir: é urgente a renovação das paróquias. É preciso descentralizar da pessoa (padre ou líder leigo); é preciso descentralizar do local (igreja matriz). É hora de ousar. “É hora de acordar” (Rm 13,11). O tempo se cumpriu e o Reino de Deus está próximo (Mc 1,15).
Fonte: www.cebs12.org.br

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