23/03/2011

Campanha da Fraternidade 2011 - Conscientização das comunidades

O texto anexo foi elaborado a partir de sugestões apresentadas na última reunião da Comissão Arquidiocesana antes do evento na Catedral, em 19/02/2011.
Foi a base para a apresentação do Pe. Manangão, naquele evento, e pode ser útil a todos.

Para facilitar a conscientização das comunidades, nós fizemos, na minha Paróquia, 2 (dois) banners de tamanho médio (60cm por 90cm), nos modelos em anexo. Os banners estão sendo colocados hoje no Ambão e na Estante do comentarista, para captar a atenção da Assembleia.
Nossa sugestão é investir, fortemente, durante a Quaresma, na reflexão sobre o tema, com base no folheto CF EM FAMILIA, da Arquidiocese (quanto maior o número de grupos de reflexão criados, melhor), pois a conscientização sobre o problema é o primeiro passo para se desejar uma mudança (conversão). Quem não se considera doente não toma remédio ...
A reeducação para a mudança fica muito facilitada pela metodologia dos “5Rs” (Reduzir, Reutilizar, Recuperar, Reciclar, Repensar), pois, através deles, podemos orientar nossas ações, fazer nosso exame de consciência, verificar o progresso da nossa conversão.
Lembrem-se: cada ato de consumo deixa marcas na natureza, por isso devemos minimizar o nosso consumo, para minimizar a marca que nossa passagem sobre a Terra deixa na natureza (chamada de pegada ecológica). Nossa primeira manifestação de conversão, em relação à CF 2011, é a redução do consumo, a sobriedade, a frugalidade. Toda vez que vamos comprar alguma coisa devemos nos questionar sobre a real necessidade de o fazermos (é muito difícil, pois somos bombardeados milhares de vezes por dia por anúncios publicitários e nossa sociedade é viciada em consumo; há mais pessoas frequentando, nos finais de semana, os “templos de consumo” que são os shopping centers do que pessoas frequentando as igrejas).
O consumismo (resgatando da CF 2010 – “comprar o que não se precisa, com o dinheiro que não se tem”) agride a natureza, faz com que as famílias se endividem desnecessariamente e não traz a felicidade que os anúncios nos prometem...
Muito importante também é o estímulo a uma boa Coleta da Solidariedade, que deve ser feito ao longo de toda a Quaresma, pois uma boa coleta significará um volume de recursos que permita ações de solidariedade da Arquidiocese do Rio de Janeiro (seja com as Dioceses atingidas pela tragédia em nossa Região Serrana, seja em projetos voltados à reeducação para o respeito à Criação, à reciclagem, etc).
Com uma latinha de refrigerante forrada com alguma imagem da natureza, com os dizeres “CF 2011”, podemos criar um cofrinho e estimular a conversão do jejum quaresmal em solidariedade (caridade). Esse cofrinho, lacrado, pode ser colocado na cesta de coleta do Domingo de Ramos, e terá uma significação muito forte de participação consciente na CF 2011 e no caminho quaresmal de conversão (jejum – caridade – oração).
No site do Compromisso Empresarial pela Reciclagem - CEMPRE (http://www.cempre.org.br/), há muitas indicações sobre reciclagem. Anexei a esta mensagem uma Lista de Recicladores, mas ela foi baixada desse site há mais de um ano, por isso recomendo irem ao site do CEMPRE, pois é mais atualizado.
Para descobrirem o ponto de entrega de resíduos recicláveis mais próximo de sua Igreja ou residência, consultem o site http://www.rotadareciclagem.com.br/index.html. É só colocarem seu endereço que um mapa aparece, indicando a localização de PEVs (Pontos de Entrega Voluntária, também chamados de Ecoponto), Recicladores, Postos de Coleta, etc, mais próximos do endereço indicado.
Lembrem-se que, ao juntar material para reciclagem, seja em casa ou na Paróquia, tudo deve estar limpo (lavado, se necessário com detergente), para não atrair ratos e baratas.
A separação dos resíduos e seu correto encaminhamento é responsabilidade individual de cada um, pois a separação mais efetiva é aquela que é feita no momento de produção do resíduo (nas nossas casas, locais de trabalho, lojas, restaurantes, etc). Para cobrarmos ação de nossos governantes, precisamos fazer antes a nossa parte.
A partir dessa conscientização e conversão pessoal, resgatando em nós a ética ambiental, no respeito à Criação (conforme a palestra do Pe. Josafá), podemos partir para organizar uma ação social e política forte e coerente com a Doutrina Social da Igreja.
Vamos continuar a debater este tema?
Carmem Swire

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