13/01/2010

Faleceu Zilda Arns, vítima do terremoto no Haiti

Mesmo em meio à alegria das festividades de São Sebastião, a Arquidiocese do Rio recebeu com muito pesar a notícia da morte de Zilda Arns, que assim como o Santo, foi uma invencível atleta da fé. Ela faleceu na noite desta terça-feira, dia 12 de janeiro, aos 75 anos, vítima de um tremor de terra que atingiu o Haiti. Zilda estava no país para disseminar entre os religiosos de comunidades carentes do Haiti práticas das Pastorais da Criança e da Pessoa Idosa.
Formada em medicina, aprofundou-se em saúde pública, visando salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário. Zilda era irmã de Dom Paulo Evaristo Arns, Cardeal—Arcebispo Emérito de São Paulo.
Ao fundar a Pastoral da Criança, ela prestou auxílio inestimável para desencadear as políticas públicas de alimentação e nutrição, amamentação materna e controle da mortalidade infantil, entre outras ações de prevenção e promoção da saúde, tão preciosa ao desenvolvimento da infância.
O Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, se solidariza com a família e lamenta a perda. Ele ressaltou que Zilda sempre foi uma pessoa preocupada com o bem das pessoas e uma cristã que procurou sempre servir ao povo mais necessitado.
- O bem que a Pastoral da Criança e também a Pastoral da Pessoa Idosa está fazendo às pessoas é inestimável. Tanto para a questão da mortalidade infantil quanto para cuidar da pessoa idosa. E ela dedicou todo seu conhecimento sanitarista para o bem das pessoas, disse o Arcebispo.
Ao longo das últimas décadas, Zilda Arns tornou-se uma personalidade emblemática na defesa da saúde, bem- estar físico e mental das crianças e da pessoa idosa. No ano de 2006, ela foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz, e, em novembro do ano passado, a médica recebeu a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz, conferida pelo Ministro Temporão.
Dom Orani acredita que aquilo que ela deixa como legado é que os católicos possam continuar o que ela iniciou com as crianças e com os idosos. Ele acrescenta que ela foi um exemplo de cristã e católica empenhada para o bem das pessoas e dedicou seu tempo para que todos tenham vida e a tenham em abundância.
- Pedimos a Deus para recompensá-la por todo o bem que ela fez para o mundo, e que, ao mesmo tempo, possa ser muito feliz no céu. Também vamos rezar para que nós possamos trilhar o caminho da fraternidade e da paz, desejou o Arcebispo.
Fonte: www.arquidiocese.org

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