O Papa Bento XVI publicou hoje, 7, uma nova Encíclica, a terceira de seu pontificado. As duas anteriores foram: “Deus caritas est”, de 2006, e “Spe salvi, de 2007, que tiveram as virtudes teologais como princípios motivadores.
A Encíclica hoje publicada, intitulada CARITAS IN VERITATE, é dirigida à Igreja e a todos as pessoas de boa vontade e trata do desenvolvimento humano integral fundado na caridade e na verdade. Centrada especificamente em temas sociais, a Encíclica se insere no conjunto da Doutrina Social da Igreja.
Assinada no dia 29 de junho, solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, a Encíclica pretende aprofundar alguns aspectos do desenvolvimento integral em nossa época, à luz da caridade na verdade.
Após uma introdução em que situa a caridade e a verdade como princípios ao redor dos quais se constrói toda a doutrina social da Igreja, o Papa desenvolve a reflexão em seis capítulos. Inicia recordando a mensagem da Populorum Progressio, encíclica de Paulo VI (1967), acerca do progresso dos povos. A partir dai considera os problemas atuais do desenvolvimento. Trata da fraternidade e desenvolvimento econômico, no terceiro capítulo. Em seguida considera o desenvolvimento dos povos em relação aos direitos e deveres, ao ambiente, à técnica e à colaboração solidária da família humana. Na conclusão o Santo Padre recorda que todos, mas os cristãos de modo especial, são chamados a construir um humanismo integral. A disponibilidade para Deus se abre à disponibilidade para os irmãos e para uma vida entendida como tarefa solidária e jubilosa, diz o Papa. Por outro lado, a indiferença a Deus e o ateísmo correm o risco de redundar em desconsideração ao ser humano e aos valores da vida e se constituir como os maiores obstáculos ao desenvolvimento.
Nesta Encíclica o Santo Padre mostra que é necessário promover um humanismo integral que concilie o desenvolvimento social e econômico com o respeito pelo ser humano e que sejam superadas as profundas disparidades entre ricos e pobres, expressão de injustiça e causa de exclusão de pessoas e povos.
A “caridade” é aplicada às realidades do trabalho, da economia e do desenvolvimento. No âmbito da economia, as leis de mercado, que privilegiam o lucro, não podem ser consideradas em detrimento do ser humano e do bem comum. É necessário perceber quais são os valores e as regras segundo as quais o mundo moderno deve se regular a fim de realizar um novo modelo de desenvolvimento, mais atento às exigências da solidariedade e mais respeitador da dignidade humana. Nesse sentido, o Papa chama à reconsiderar paradigmas econômico-financeiros, predominantes nos últimos anos, que tiveram sua fragilidade evidenciada pela atual crise econômica. Além dos aspectos referentes à macro-economia, o Papa considera a necessidade de superar a avareza e a ganância, expressões da idolatria do ter. Num mundo globalizado é necessário globalizar também a solidariedade, construindo uma consciência ética alicerçada no Evangelho.
A atual sociedade globalizada registra desequilíbrios paradoxais e dramáticos. Quando consideramos o forte crescimento econômico, quando paramos para analisar as problemáticas ligadas ao progresso moderno, sem excluir a elevada poluição e o consumo irresponsável dos recursos naturais e ambientais, parece evidente que apenas um processo de globalização atento às exigências da solidariedade pode assegurar à humanidade um porvir de autêntico bem estar e de paz estável para todos, diz o Papa. Questões como essas exigem atenção de todos, mas, devido às exigências do Evangelho, dos cristãos em particular.
A Encíclica hoje publicada, intitulada CARITAS IN VERITATE, é dirigida à Igreja e a todos as pessoas de boa vontade e trata do desenvolvimento humano integral fundado na caridade e na verdade. Centrada especificamente em temas sociais, a Encíclica se insere no conjunto da Doutrina Social da Igreja.
Assinada no dia 29 de junho, solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, a Encíclica pretende aprofundar alguns aspectos do desenvolvimento integral em nossa época, à luz da caridade na verdade.
Após uma introdução em que situa a caridade e a verdade como princípios ao redor dos quais se constrói toda a doutrina social da Igreja, o Papa desenvolve a reflexão em seis capítulos. Inicia recordando a mensagem da Populorum Progressio, encíclica de Paulo VI (1967), acerca do progresso dos povos. A partir dai considera os problemas atuais do desenvolvimento. Trata da fraternidade e desenvolvimento econômico, no terceiro capítulo. Em seguida considera o desenvolvimento dos povos em relação aos direitos e deveres, ao ambiente, à técnica e à colaboração solidária da família humana. Na conclusão o Santo Padre recorda que todos, mas os cristãos de modo especial, são chamados a construir um humanismo integral. A disponibilidade para Deus se abre à disponibilidade para os irmãos e para uma vida entendida como tarefa solidária e jubilosa, diz o Papa. Por outro lado, a indiferença a Deus e o ateísmo correm o risco de redundar em desconsideração ao ser humano e aos valores da vida e se constituir como os maiores obstáculos ao desenvolvimento.
Nesta Encíclica o Santo Padre mostra que é necessário promover um humanismo integral que concilie o desenvolvimento social e econômico com o respeito pelo ser humano e que sejam superadas as profundas disparidades entre ricos e pobres, expressão de injustiça e causa de exclusão de pessoas e povos.
A “caridade” é aplicada às realidades do trabalho, da economia e do desenvolvimento. No âmbito da economia, as leis de mercado, que privilegiam o lucro, não podem ser consideradas em detrimento do ser humano e do bem comum. É necessário perceber quais são os valores e as regras segundo as quais o mundo moderno deve se regular a fim de realizar um novo modelo de desenvolvimento, mais atento às exigências da solidariedade e mais respeitador da dignidade humana. Nesse sentido, o Papa chama à reconsiderar paradigmas econômico-financeiros, predominantes nos últimos anos, que tiveram sua fragilidade evidenciada pela atual crise econômica. Além dos aspectos referentes à macro-economia, o Papa considera a necessidade de superar a avareza e a ganância, expressões da idolatria do ter. Num mundo globalizado é necessário globalizar também a solidariedade, construindo uma consciência ética alicerçada no Evangelho.
A atual sociedade globalizada registra desequilíbrios paradoxais e dramáticos. Quando consideramos o forte crescimento econômico, quando paramos para analisar as problemáticas ligadas ao progresso moderno, sem excluir a elevada poluição e o consumo irresponsável dos recursos naturais e ambientais, parece evidente que apenas um processo de globalização atento às exigências da solidariedade pode assegurar à humanidade um porvir de autêntico bem estar e de paz estável para todos, diz o Papa. Questões como essas exigem atenção de todos, mas, devido às exigências do Evangelho, dos cristãos em particular.
Fonte: www.cnbb.org.br
Clique aqui para ler a Encíclica na íntegra
http://www.cnbb.org.br/ns/modules/mastop_publish/files/files_4a534aad2b688.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário