As diretrizes para a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que vai acontecer em outubro de 2012, no Vaticano, foram apresentadas nesta sexta-feira, 4, na sala de imprensa da Santa Sé. As linhas gerais que vão nortear as discussões foram apresentadas pelo secretário geral do Sínodo dos Bispos, dom Nikola Eterovic.
O texto tem pouco mais de 60 páginas. Está divido em três capítulos que tratam da urgência de uma Nova Evangelização, do dever e dos desafios de evangelizar, e dos possíveis cenários da Nova Evangelização do cristianismo moderno.
O foco central, definido pelo papa, é o conceito da Nova Evangelização e os desafios da Igreja diante das mudanças que tornam o mundo, cada vez mais, um planeta globalizado. A revolução tecnológica marcou a passagem dos séculos XX para XXI e entra nessa primeira década aparece como a solução mais cotada para todos os problemas da humanidade. As instituições que não acompanham o novo ritmo dos acontecimentos mundiais estão em risco de serem automaticamente excluídas do contexto social, econômico, político e religiosos dos dias futuros.
Nas diretrizes apresentadas nesta sexta-feira, a Igreja parece ter se antecipado à revolução tecnológica. Nas linhas gerais da Nova Evangelização para a Transmissão da Fé Cristã, há uma citação dita pela primeira vez há quarenta anos, no Concílio do Vaticano II: “A humanidade vive um período novo da sua história, caracterizado por profundas mudanças e rápidas transformações que progressivamente se estendem para todo o universo”.
O termo Nova Evangelização, destaca o texto apresentado hoje, foi introduzido pelo Papa João Paulo II, em 1979, durante a visita apostólica à Polônia. Dois anos mais tarde, João Paulo II resumiria o conceito como “sinônimo de renascimento espiritual da vida de fé das igrejas locais, início de percursos de discernimento das mudanças que afetam a vida cristã nos diferentes contextos culturais e sociais, releitura da memória da fé, assunção de novas responsabilidades e novas energias em vista de uma proclamação alegre e contagiante do Evangelho de Jesus Cristo”.
CNBB/Rádio Vaticano
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